Faltando menos de um mês para encerramento das atividades no núcleo de Turvo, os treinos e competições continuam. Mas dessa vez vamos falar sobre um atleta que faz parte do Projeto Anjos do Futsal desde os nove anos de idade, já passou por muita coisa nessa vida, é mais um guerreiro que faz parte da nossa história. Relato da professora Scheila Cristiane Heffel.
O atleta é Kauê de Almeida Giusti, nasceu no dia 8 de maio de 2008, filho de Sandra Almeida Giusti e Claudionei Giusti (In memorian). Sempre foi apaixonado por futebol e futsal e essa paixão fez com que iniciasse os treinamentos no projeto da Anjos do Futsal no ano de 2017.
Sempre muito dedicado, esforçado e muito habilidoso, ala direita, sempre gostou de ir para cima do adversário com dribles desconcertantes ajudando a equipe do Turvo a brigar por títulos.
No ano de 2019, um ano muito intenso com muitas competições e chegamos em todas as finais que participamos, porém, uma tragédia marcou a vida desse garoto nesse ano, um acidente grave tirou a vida de seu pai, o qual era seu maior apoiador e incentivador no esporte. Todos se comoveram com a dor da família e ficamos ainda mais unidos para apoiar nesse momento tão difícil.
Ele precisou de um tempo, mas nunca abandonou os treinos e foi fundamental para que a equipe do Turvo nesse ano chegasse a final do Campeonato Anjos do Futsal e apesar de um grande jogo ficamos com o vice campeonato.
Kauê, hoje com 14 anos, participa do seu último ano no projeto, está mais maduro e bom de bola, está se tornando um grande homem, de caráter e bom coração. Ao perguntar a ele o que representa o projeto da Anjos do Futsal e os treinamentos, estas foram suas palavras: “O Anjos do Futsal representa muita coisa para mim, participar desse grande projeto por esses 5 anos que estive, foi muito importante, consegui aprender muita coisa no futsal e durante todo esse tempo que fiquei no projeto fiz muitas amizades, que sempre estavam comigo, dentro e fora de quadra. O Futsal é o esporte que eu mais gosto, que mais me dedico e pretendo ganhar muitos títulos nele, então jogar em quadra eu me sinto muito confortável. Meu pai que infelizmente acabou falecendo em 2019, mais antes dessa tragédia sempre estava comigo nos jogos, me apoiando, me ajudando e sempre incentivando eu e principalmente meu tim E uma coisa que ficou guardada em mim do Anjos do Futsal, foi quando no velório do meu pai, foram todos lá e fizeram uma homenagem para ele, isso me fez abrir um sorriso no rosto e me ajudar muito naquele momento. E nesse grande ciclo que estive no projeto, foram muitas coisas boas acontecidas tanto dentro de quadra, tanto fora de quadra.”
Projeto Anjos do Futsal formou mais que atletas, formou uma grande família.
